terça-feira, 5 de junho de 2012

Crimes cibernéticos: Polícia Federal faz teste de larga escala com Rio+20

:: Luís Osvaldo Grossmann 
:: Convergência Digital :: 04/06/2012



A Polícia Federal começa nesta terça-feira, 5/6, o primeiro teste em larga escala do reformulado Centro de Monitoramento do Serviço de Repressão a Crimes Cibernéticos, por conta da realização, no país, da conferência mundial Rio+20, entre os dias 20 e 23 de junho, no Rio de Janeiro. 

Inicialmente criado para combater crimes financeiros realizados pela rede, o centro foi ampliado para tratar das tentativas e ataques a sistemas de informação do governo federal. “A Rio+20 será como um ‘piloto’ dos próximos eventos. Em um ano deveremos contar com 140 especialistas e equipes em todas as cidades-sede da Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olimpíadas”, explica o chefe da Unidade de Repressão aos Crimes Cibernéticos da PF, Carlos Eduardo Miguel Sobral. 

Ainda em 2009, a PF criou uma equipe dedicada ao combate a crimes financeiros na órbita da Caixa Econômica Federal – por ser o único banco totalmente público do país – mas que, naturalmente, funciona como repressor do sistema em geral. “O mesmo grupo que ataca a Caixa também tem como alvo bancos privados”, lembra o perito da PF, Ivo Peixinho. 

Esse grupo foi fortalecido em um centro com 30 técnicos instalado na capital – em uma das sedes da CEF – e passará também a atuar mais próximo ao Departamento de Segurança da Informação e Comunicações (DSIC, da Presidência da República) e ao CD Ciber do Exército. Nos próximos 12 meses, a equipe deve crescer para 140 profissionais. 

O orçamento da Copa do Mundo já prevê R$ 3 milhões para a PF formar a equipe, R$ 800 mil para treiná-la e outros R$ 4 milhões para investimento em soluções (programas) de investigação. Mas uma parte significativa do trabalho já começou, com o mapeamento de cerca de 250 potenciais “agressores”. “São pessoas que já realizaram ou ameaçaram realizar ataques”, diz o delegado Sobral. Calcula-se que as 320 redes do governo federal sofram, por hora, mais de 2 mil ataques. 

Com a formação da equipe, o centro vai contar com grupos táticos em todas as cidades-sede dos eventos internacionais a serem realizados no país nos próximos anos. Ainda que as atividades de inteligência sejam centralizadas em Brasília, esses grupos serão responsáveis pelas investigações locais – no mundo real – e as possíveis prisões de cibercriminosos identificados.

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