
A Intel anunciou nesta quarta-feira (27/02) investimentos de 300 milhões de reais no Brasil para apoiar pesquisas de Tecnologia da Informação e Comunicação para os setores de educação, energia e transporte. Os incentivos serão repassados por meio de um acordo firmado com os ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o da Educação (MEC).
A iniciativa contempla investimentos diretos da Intel em pesquisa e desenvolvimento e inovação (PD&I) e conta com apoio do Programa Estratégico de Software e Serviços de Tecnologia da Informação (TI Maior), anunciado pelo governo federal no ano passado, que tem como meta o incremento das atividades de TICs no País.
O Acordo Entre Intel e governo Federal

“O primeiro aspecto positivo desse anúncio da Intel reside no fato de estarmos atraindo investimentos externos para a realização de atividades de P&D no Brasil”, afirmou o ministro Marco Antonio Raupp. “Isso aumenta o participação do Brasil no cenário mundial da inovação”.
Para estes três setores, o foco será o desenvolvimento de software como ferramentas de visualização e simulação para a extração de petróleo na camada pré-sal, soluções educacionais, computação de alto desempenho, e sistemas para emplacamento eletrônico de carros com o objetivo de aumentar a eficiência na gestão de trânsito de passageiros e carga, além de dispositivos de segurança.
“Os esforços em conjunto que estamos anunciando hoje criam oportunidades de desenvolvimento de tecnologias de ponta que trarão inovações nas áreas de energia, transporte, educação e desenvolvimento de software, além de pesquisa em mercados emergentes. Estamos ansiosos por esta nova parceria entre a Intel e o Brasil e pela oportunidade de posicionar o país como um centro global de inovação em TI”, explica o CTO (Chief Technology Officer) da Intel, Justin Rattner.
Maior presença no Brasil

No Brasil essa aliança tem início com trabalhos focados no desenvolvimento de soluções de segurança e criptografia para systems-on-a-chip em ambientes de baixo consumo de energia envolvendo seis projetos apresentados por pesquisadores de sete universidades: Unicamp, USP, UnB, UFMG, PUC-PR, UFPR e UTFPR.
Com a iniciativa, a Intel prevê a contratação de cerca de 80 engenheiros de software no Brasil nos próximos cinco anos, para oferecer suporte a desenvolvedores locais. A ideia é abrir programas da Intel para mais de 70 mil companhias e 400 mil desenvolvedores no Brasil.
A fabricante de chips quer alavancar a produção de soluções de software desenvolvidas localmente, em especial em áreas como jogos, mobilidade, computação em nuvem e novas plataformas, como o Ultrabook, a nova categoria de dispositivos móveis inspirada pela Intel, e também tablets e smartphones.
A Intel também irá colaborar com universidades brasileiras para a renovação dos currículos dos cursos de ciência da computação e desenvolvimento de software, bem como para possibilitar o acesso de pesquisadores e acadêmicos a laboratórios de computação de alto desempenho (HPC).
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